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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Wikileaks lança site


Wikileaks lança site de interação direta com internautas e faz parceria com blogs brasileiros

10/02/2011
"Somente os brasileiros podem fazer isso", disse uma interlocutora do Wikileaks, ao pedir a desenvolvedores brasileiros a ajuda para criar um canal de comunicação direto da blogosfera com o fundador do site, Julian Assange. A Esfera, animadora, entre outras coisas, da comunidade Transparência Hacker, desenvolveu oWikileaks Roundtable, um site em que Assange vai dar entrevistas em video e responder questões que lhe serão encaminhadas, diretamente, pelos internautas.
Além disso, o Wikileaks anundicou hoje uma parceria com blogs brasileiros para divulgar os documentos vazados das embaixadas americanas. A partir de agora, os internautas vão escolher os temas que devem ser pesquisados e publicados no WikiLeaks. Os pedidos de pesquisa devem ser feitos ao blog da jornalista Natália Viana, colaboradora do WikiLeaks no Brasil. “Todos os pedidos serão publicados, e os temas mais pedidos terão prioridade”, diz ela ao site Comunique-se. A parceria para a divulgação das informações será, entre outros, com os blogs da Carta Capital, Luis Nassif Online, Blog do Mello, Escrevinhador, Viomundo, Nota de Rodapé, Maria Frô, Fazendo Média, Futepoca, Elaine Tavares, Gonzum, Blog do Rovai, Blog da Cidadania, Altamiro Borges e Doutor Sujeira.
No Link, do Estadão, tem uma boa matéria sobre a "mesa redonda", tradução de Roundtable, o site lançado na noite de ontem. E logo abaixo uma entrevista de Daniela Silva, uma das responsáveis pela Esfera e pelo projeto, sobre parceria com o Wikileaks, onde ela chama a atenção para a relação crescente entre a web, a rede, e a atividade do Wikileaks.
Quem desenvolveu o site foi o Capi Etheriel (@barraponto).

ARede - Pelo que entendi, a Wikileaks Roundtable é apenas uma "janela" do Wikileaks para debater com a blogosfera -- explorando canais como o Twitter (com as hashtags #wldiscuss e #wlquest) para a web falar com o Wikileaks. Por que isso é importante?

Daniela Silva - Não acho que é pouca coisa uma organização que alcançou a relevância política e midiática do Wikileaks, altamente baseada na integração com as mídias tradicionais, de repente decidir seguir o caminho de uma comunicação mais direta com as pessoas. É uma grande virada, e uma virada que aponta pra um jeito mais interessante de comunicar, articular e engajar.

Eu não conseguia ver muita novidade no caso do Wikileaks em relação ao que acontece normalmente na mídia: vazamentos de informação vindos de fontes quentes do governo. Não via novidade nenhuma no Wikileaks propriamente, a não ser na reação que veio da outra ponta – o bloqueio das empresas financeiras e dos provedores –, da articulação de guerrilha dos hackers para defender a causa, e principalmente do fato de que, hoje, qualquer um pode ser o Wikileaks.

Com o Roundtable, o Wikileaks mostra que é mais uma organização da rede do que da grande mídia. A reação de proteção da web agora faz ainda mais sentido. Assim como faz sentido que a gente use não apenas esse espaço, mas essa abertura pro debate, pra usarmos o Wikileaks e a sua relevância política no ativismo pela internet livre e neutra.


ARede - O que signifca o fato de a Esfera colaborar com o Wikileaks, além da questão de "desmidiatizar" o site?

Daniela Silva - É sensacional que esse projeto tenha chegado até nós. Porque nós não somos desenvolvedores de tecnologia simplesmente. Somos ativistas pela transparência e pela abertura, e acho que essa ação permite que a gente mostre como é possível usar as ferramentas da web – já que o site foi construído usando o conhecimento livre, compartilhado por inúmeros hackers, disponível hoje na rede – para defender as causas que consideramos importantes.

No passado, nós criticamos o Wikileaks por ter uma prática muito mediada de comunicação. Sempre questionamos se é efetivo confiar que grandes veículos de comunicação se coloquem como validadores do que é ou não é importante em documentos públicos – achamos inclusive que há casos em que a inteligência das redes pode fazer melhor, sendo necessário e talvez mais estratégico incentivar e abrir caminhos pra que isso aconteça. Este é o principal mote da Esfera hoje – atuar politicamente junto com a sociedade, ressignificando informações de governo pra assim ressignificar a política.

Essa parceria que começou agora ainda pode render novas ideias e novos projetos, e eu espero que tanto a Esfera quanto todos os cidadãos em rede, com essa nova porta que foi aberta, tenham agora mais espaço pra interagir com o Wikileaks pra levá-lo nessa direção, do empoderamento das pessoas.

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